Investir na autoprodução de energia (APE), utilizando diversas fontes renováveis (como energia solar, energia eólica, hidráulica e biomassa) possibilita às empresas de mobilidade urbana a redução de custos e a geração de créditos
Você sabia que, a partir de estudos de viabilidade técnica, econômico-financeiro, jurídico e ambiental, é possível que operadoras de mobilidade urbana (VLT, metrô, trens, modal intercidades etc.) desenvolvam e implementem projetos de geração de energia, utilizando diversas fontes renováveis, tais como energia solar, energia eólica, hidráulica e biomassa?
A Vexper, atuando nos segmentos de energia e mobilidade urbana (por meio do desenvolvimento de projetos, manutenção, montagens eletromecânicas etc..) percebeu que um dos desafios da maioria das operadoras de metrô e trem do nosso país era justamente a gestão da despesa com energia elétrica. Em geral, essa é a segunda ou a terceira maior despesa dessas instituições. A partir daí, surgiu um desafio: “criar um modelo de negócio que possibilite às operadoras gerar a sua própria energia e, preferencialmente, criar receita acessória com a venda da energia excedente, após a implantação de um programa de eficiência energética”, revela o CEO da Vexper, Rogério Lino.
Normalmente, a fonte de energia desse segmento costuma vir do mesmo parque energético que produz energia para indústrias, comércios e residências locais. Sua contratação é feita a partir de uma cota ou demanda contratada de energia do mercado convencional (mercado cativo) ou por meio da compra de energia no mercado livre, realizado por comercializadoras de energia.
Assim, se por alguma razão a demanda de energia dessas operadoras de trens e metrôs sofrer variação, para cima ou para baixo, a entidade será penalizada, ou pelo pagamento de uma demanda de energia contratada, porém não utilizada, ou então pelo pagamento de multa, por exceder a demanda contratada.
Segundo Rogério Lino, a energia elétrica é uma commodity estratégica para o crescimento do nosso país, e por essa razão esse mercado é regulado por entidades específicas como Aneel e CCEE. Visando à estabilidade e transparência do mercado, os contratos ajustados entre concessionária/consumidor de energia não podem ser alterados a cada variação que ocorrer.
Podemos facilmente entender que, neste período de pandemia e consequente adoção de medidas de distanciamento social, houve uma redução significativa do número de passageiros transportados diariamente. As operadoras de trens e metrôs fizeram uma adequação da disponibilidade da sua frota a esta nova realidade, porém, na grande maioria dos casos, não foi possível realizar o mesmo ajuste do valor pago/contratado junto às concessionárias.
Esse breve cenário ilustra claramente a enorme dificuldade dos gestores públicos em gerir e planejar as despesas de energia elétrica no curto, médio e longo prazo.
Analisando todas essas dificuldades e fatores de risco, e percebendo as melhorias que o desenvolvimento de plantas que a autoprodução de energia poderia proporcionar ao segmento de mobilidade, tanto em termos socioeconômicos quanto ambientais, a Vexper vem desenvolvendo diversas iniciativas pelo Brasil. O objetivo é que operadoras de transporte e muitas outras instituições ou empresas se tornem autossuficientes em termos de produção e consumo energético.
Para dar um exemplo, em 2019, o Metrô de São Paulo abriu uma PMI (Manifestação de Interesse Público) e selecionou empresas do setor para desenhar um projeto desse âmbito e, dessa forma, tornar-se autoprodutor de energia limpa e renovável. O consórcio formado por Vexper, BF Capital e Tauil & Chequer Advogados, grandes players do setor privado, especializados em desenvolvimento de projetos de geração por meio de fontes renováveis, project finance, corporate finance e assessoria jurídica, respectivamente, além da vasta experiência em concessões e parcerias público-privadas, foi um dos escolhidos para apresentar o estudo de viabilidade técnica, financeira e jurídica.
Um projeto dessa magnitude precisa ser desenvolvido sob medida para o cliente, público ou privado, pois envolve a análise de inúmeras variáveis críticas, e que no caso do Metrô SP, se aprovado, prevê um tempo médio de 12 meses, entre o lançamento no mercado da PMI e a entrega final dos estudos técnicos do projeto de autoprodução de energia.
Após aprovado pelo comitê técnico e pelo conselho criado pelo operador para essa finalidade específica, a expectativa é que o “projeto escolhido” seja executado e implementado por meio de uma PPP (parceria público-privada), mediante uma licitação a ser publicada pela Secretaria de Transportes Metropolitanos do Governo do Estado de São Paulo.
Com a implementação desse projeto, será possível construir um parque energético que tenha uma geração de energia capaz de suprir a própria demanda de energia da Cia. do Metropolitano de São Paulo. Graças à economia gerada, será possível, no médio prazo, ressarcir todo o investimento inicial realizado pelo investidor privado e, por meio da implantação do Plano de Eficiência Energética previsto, conseguir, até mesmo, uma renda acessória (receita extratarifária) a partir da venda do excedente de energia que será produzido e não utilizado, para o mercado livre.
Dentre as diversas possibilidades para composição da matriz sustentável desse “parque energético”, podem ser adotadas soluções rápidas e imediatas, tais como a utilização de áreas dos pátios de manutenção e telhados dos prédios e estações para a instalação de painéis solares fotovoltaicos, ou, mesmo, soluções mais complexas e inovadoras, como a utilização do ar gerado pelo deslocamento dos carros do metrô para o acionamento de aerogeradores na produção de energia.
Atuando como agente transformador e acompanhando as novas tendências desse segmento, a Vexper também tem desenvolvido modelos de negócios para o atendimento da demanda crescente de prefeituras brasileiras, buscando por soluções e alternativas para a redução das despesas com energia de todo o seu equipamento público, tais como escolas, hospitais, creches, área de saneamento, iluminação públicas etc.
A Vexper é uma das poucas empresas desenvolvedoras de projetos de geração para o setor público, dentre elas as prefeituras. O objetivo é que elas se tornem autoprodutoras de sua energia, estimando-se assim uma economia dos recursos públicos, com uma redução que pode superar superar 30% do valor da tarifa de energia pago anualmente. É importante salientar que 100% dos recursos necessários para o desenvolvimento e construção desse parque energético serão fornecidos pelos investidores privados.
Dentre os vários benefícios técnicos, a autoprodução de energia permite um melhor planejamento financeiro e econômico ao gestor público, pois além do contrato com preço flat (sem sazonalidade), ou seja, tarifa com valor pré-fixado para os próximos 20 ou 30 anos, as empresas públicas também eliminam as variantes das tarifas decorrentes das condições climáticas (falta de chuvas, utilização de termoelétricas etc.), ou as famosas tarifas de bandeiras amarelas e vermelhas 1 e 2, que resultam em preços mais elevados e geralmente impossível de serem previstos em seus budgets anuais. Unindo forças, será possível obter o melhor uso dos recursos públicos e uma operação mais eficiente na prestação de serviços e na manutenção dos bens públicos. Além disso, aumenta-se a capacidade de realização das obras dentro do prazo e orçamento previstos inicialmente e possibilita a divisão dos riscos contratuais entre o poder público e o parceiro privado.
Acreditamos que a autoprodução de energia a partir de fontes limpas e renováveis é o melhor caminho para permitir o baixo custo e o desenvolvimento socioeconômico e ambiental das operadoras de trens e metrôs, empresas públicas de outros setores, prefeituras e empresas privadas, verdadeiramente preocupadas com a sustentabilidade e a transformação de vida de seus usuários e de sua comunidade local.
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